3.3.13
Resenha - Zona Morta
Galerinha paranormal, para vossa alegria estou entortando letras
para o primeiro Review do blog. E para delírio da nação a estreia é sobre
um livro do Stephen King. Muita gente vira o rosto para esse autor e esse livro específico nem é muito aclamad por público ou mesmo por crítica, porém é uma obra que jamais poderia passar batido. Achei-o por acaso em um sebo por 10 Reais e resolvi dar uma chance para o tio King já que pelaa sinopse não havia me chamado a atenção. Existem muitas formas de medo, como o de ter um poder,
ter que usá-lo e perder tudo o que se tem com isso. Ficou curioso? Então
sem mais delongas (e milongas) vamos aos dados da obra:
Zona Morta (Dead Zone)
Original: Stephen King – 1978Versão Brasileira lida: Editora Abril Cultural, 1985 – 389 páginas
Stephen King dispensa que tenhamos que introduzi-lo – como sempre digo “até porque ele conjuraria algo muito macabro para se vingar” -, porém é importante mencionar que esse foi apenas o terceiro romance dele, antes veio apenas Carrie, a Estranha e Salem’s Lot. Mesmo assim nos surpreendemos como o início de carreira (entre aspas porque ele sempre escreveu contos e artigos) dele era criativo e bem minucioso no ofício de contar uma – me desculpem os puritanos – puta história. Apesar de ser uma história fantástica Zona Morta foge um pouco da temática Escritos de Horror propriamente ditos. King nos apresenta um menino que sofreu uma queda em sua infância e que alguns anos depois vira um rapaz comum que começa a desenvolver uma estranha habilidade. Friso o comum porque é isso que é importante nessa obra… King nos conta detalhadamente a vida de um professor recém saído do colégio que vive uma simples vida de professor – que poderia ser a de qualquer um – e que gosta de passear com sua namoradinha – quem sabe é hoje que vou ganhar a noite, afinal a roda da sorte gira para todos – com os trocados que sobram no fim do mês. Stephen faz de Zona Morta um verdadeiro romance multimídia (em minhas palavras) porque passeia por diversos segmentos diferentes de história sem sair da principal. É como se tivesse romance, politicagem, aventura, sobrenatural… de tudo um pouco e de pouco não tem nada.
Johnny Smith – Nome batido não? – foi o personagem mais carismático
das histórias que já li do velho King (embora ainda tenha muita coisa
para ler) e o modo como ele conduz a história de uma maneira calma e
como se não soubesse do que vem pela frente, enterte de uma maneira que é
difícil parar de ler. Ou de não dar spoilers. Mas não darei. Não hoje.
Só direi que é no contraponto dessa vida pacífica que o protagonista
leva que ele descobre – após um segundo acidente – um poder que para ele
não é bem vindo – As pessoas me olham como abutres… -, mas que não é
possível ignorá-lo, é necessário usá-lo para o bem como diria sua mãe
religiosa fanática. Claro, com exceção daquilo que está na Zona Morta –
Não vou contar, descubra.
É essencial dizer que John sofre muitas perdas irreparáveis e que
nos fazem pensar como agiríamos em uma situação parecida.
Se perdêssemos 5 anos de nossas vidas que direito teríamos de reaver
aquilo que ficou para trás? Ou mesmo aquilo que já foi ocupado. É triste
de pensar, mas eu torcia para que o protagonista lutasse para reaver ao
menos aquilo que era importante para ele, mas no ponto de vista de King
a personagem não se achava mais em seu tempo certo. Um dia quem sabe
faço um podcast sobre a obra e daí sim poderei dar spoilers. Combinado?
Zona Morta é um livro excepcional (meu preferido do mestre do
suspense) e recomendado para àqueles que nunca leram uma obra desse
autor e mais ainda para quem é fã. Minha única crítica – pode continuar
lendo não esclarecerei nenhuma ponta solta mesmo – é que no final do
livro todo esse ritmo de passeio no Central Park que ele magistralmente
nos conduziu estranhamente vira uma corrida de São Silvestre onde você
parece não estar bem certo de onde é a linha de chegada. Mas as últimas
duas páginas retomam um pouco do passeio divertido e encerram a leitura
com algo que é bem a cara do Stephen King e que tenta dar uma amenizada
em como ficou até ali a história. Recomendadíssimo. Leia!! Nota 95.
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